É muito comum um familiar assumir o papel de cuidador quando necessário. Mas é muito importante cuidar sem infantilizar a pessoa.
As pessoas idosas às vezes precisam dos cuidados de outras pessoas por causa de uma condição médica, seja física ou mental.
Em alguns casos, o cuidado pode ser temporário (por exemplo, se a pessoa acabou de fazer uma cirurgia), mas há situações em que se estende até o fim da vida. Existem profissionais que exercem essa função, mas na maioria das vezes um familiar, como uma filha ou neto, assume o papel de cuidador.
Dessa forma, nem sempre a pessoa está pronta para lidar com as dificuldades que surgem, pois não estava preparada para isso, e vai aprendendo dia a dia, na prática. Mas é importante perceber que o cuidado pode ir muito além da administração oportuna de medicamentos.
É preciso ter empatia e diálogo, saber lidar com a situação com naturalidade e estar atento às questões emocionais envolvidas no processo.
Aqui estão algumas dicas importantes para os familiares que cuidam de entes queridos idosos:
Não trate idosos de forma infantil
Quando um idoso necessita de cuidados, é comum que as pessoas ao seu redor, inclusive o cuidador, às vezes o infantilizam, ou seja, tratam-no como criança, o que é inadequado e pode constrangê-lo e afetar sua autoestima.
Ouça sua opinião e considere seus desejos. Quando a pessoa está lúcida ela é plenamente capaz de tomar todas as suas decisões e isso deve ser sempre respeitado.
Para o Dr. Maurício Ventura, Geriatra e Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo (SBGG-SP), ao desconsiderarmos as decisões e ações dos idosos, corremos o risco de praticar a discriminação etária.
É o preconceito contra os mais velhos, contra o que são, como agem, como fazem as coisas. Acho que a forma de evitar isso é o respeito. Sua compreensão da vontade, desejos e habilidades que essa pessoa tem. E sabendo que ela pode realmente tomar uma decisão, diz ele.
Em alguns casos, problemas de memória, comprometimento cognitivo e problemas relacionados à demência podem fazer com que os idosos tenham atitudes inadequadas. Mas é preciso entender seu contexto de vida e respeitar seus desejos sempre que possível.
Não repita, não tome nenhuma decisão sem conversar com a pessoa, acho que são atitudes importantes que a gente pode ter, diz o médico.
“Uma situação em que o paciente está evoluindo para algum comprometimento cognitivo, em que ele começa a ficar confuso, tomar atitudes inadequadas, é importante a gente ter jogo de cintura, evitar a confrontação, porque isso vai agredi-lo. Ele vai se sentir violado. “
Ele vai tender a responder de forma inadequada, como qualquer um de nós, né? O idoso é uma pessoa como qualquer um de nós, que tem as suas reações conforme é estimulado a isso”, explica.
Diante de reações exageradas, o mais indicado é tomar atitudes conciliatórias em vez de atitudes de confronto, tentando fazer com que a pessoa deixe de tomar determinada atitude inadequada, oferecendo ou facilitando que ela atinja o objetivo pretendido.
Muita atenção na Saúde Mental
A saúde mental pode ser severamente afetada durante esta fase da vida. Além dos problemas associados ao envelhecimento – como a perda de entes queridos – as pessoas mais velhas podem se sentir constrangidas dependendo dos cuidados de outras pessoas.
Do Dr. Ventura é o aspecto mais importante a este respeito a observação. Observe possíveis mudanças no humor ou no comportamento do idoso: tornar-se mais apático, tornar-se mais desinteressado, mais agressivo, deixar de lado as coisas que gosta de fazer.
Os sinais podem ser discretos e só quem está ali e convive diariamente pode percebê-los.
É importante estar atento para ver se a pessoa está falando corretamente quando está mantendo seus interesses, suas atividades diárias.
Quando você começa a ter uma fala desconectada, desconectada, você começa a ter uma atitude mais apática, desinteressada, são sinais de que pode estar acontecendo alguma coisa e isso é um alerta para procurar ajuda médica, entender o que pode estar acontecendo.
Pode ser um problema pequeno, mas de repente também pode ser algo muito grave, explica.
Além disso, coloque-se disponível para ouvir a pessoa, conversar com ela, dar atenção, saber suas histórias de vida. Essas memórias geralmente têm muito valor para ela e ter alguém com quem compartilhar é extremamente positivo.
Também procure promover momentos agradáveis, como tocar músicas de seus artistas favoritos, cozinhar juntos uma receita de família ou assistir a um filme, por exemplo.
Faça intervalos de folgas semanais e cuide-se
Quando o cuidador é um profissional empregado, é um trabalho como outro qualquer, onde ele tem direito a folgas e descanso.
No entanto, a realidade do familiar que se torna cuidador pode ser bem diferente, pois muitas vezes ele tem que dedicar seu tempo integral ao cuidado do idoso. Isso pode criar o que é conhecido como estresse de cuidar.
Por exemplo, uma filha que deixa o emprego para cuidar do pai ou da mãe provavelmente lidará com frustrações decorrentes da falta de realização profissional e pessoal, incluindo o fato de seu parente ficar doente e precisar de cuidados e, em muitos casos, perder a qualidade de vida.
É importante que os familiares cuidadores, que não sejam profissionais contratados, tenham tempo para si. Distrair-se, sair, passear, poder viajar, enfim, ter atitudes diferentes do que você tem em relação ao cuidado.
Se necessário, procure aconselhamento psicológico para si mesmo, participe de grupos de apoio e procure ajuda de amigos e familiares.
Nos casos em que há comprometimento cognitivo, o idoso pode se comportar de maneira hostil, por isso também é importante saber administrar essas situações para não levá-las para o lado pessoal. Nesse sentido, a terapia pode ser uma grande aliada.
Máxima atenção com Idosos com dificuldade motora.
Para além de todo o cuidado do dia-a-dia, que normalmente inclui o planeamento da medicação, consultas e consultas pós-tratamento, bem como consultas de exames e vacinação, os cuidados a pessoas com mobilidade reduzida ou acamadas são ainda mais intensivos. Eles podem incluir tomar banho, vestir e alimentar a pessoa.
Idosos com incontinência urinária, por exemplo, costumam ter que usar produtos especiais que evitam vazamentos e neutralizam o cheiro da urina: quem não tem dificuldade de locomoção pode optar por roupas íntimas descartáveis ou absorventes para incontinência, enquanto quem está acamado usa as fraldas .
No segundo caso, é a enfermeira quem troca a fralda. Alguns cuidados são necessários para evitar lesões na pele, como dermatites e úlceras de pressão.
É importante lembrar que algumas pessoas não gostam do uso de fraldas. É interessante analisar quais opções existem, dependendo do caso, para que haja um bom ajuste.
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