Dicas para Cuidadores de idosos iniciantes em 2023

É muito comum um familiar assumir o papel de cuidador quando necessário. Mas é muito importante cuidar sem infantilizar a pessoa. 

As pessoas idosas às vezes precisam dos cuidados de outras pessoas por causa de uma condição médica, seja física ou mental.

Em alguns casos, o cuidado pode ser temporário (por exemplo, se a pessoa acabou de fazer uma cirurgia), mas há situações em que se estende até o fim da vida. Existem profissionais que exercem essa função, mas na maioria das vezes um familiar, como uma filha ou neto, assume o papel de cuidador.

Dessa forma, nem sempre a pessoa está pronta para lidar com as dificuldades que surgem, pois não estava preparada para isso, e vai aprendendo dia a dia, na prática. Mas é importante perceber que o cuidado pode ir muito além da administração oportuna de medicamentos. 

É preciso ter empatia e diálogo, saber lidar com a situação com naturalidade e estar atento às questões emocionais envolvidas no processo. 

Aqui estão algumas dicas importantes para os familiares que cuidam de entes queridos idosos:

Não trate idosos de forma infantil

Quando um idoso necessita de cuidados, é comum que as pessoas ao seu redor, inclusive o cuidador, às vezes o infantilizam, ou seja, tratam-no como criança, o que é inadequado e pode constrangê-lo e afetar sua autoestima.

 Ouça sua opinião e considere seus desejos. Quando a pessoa está lúcida ela é plenamente capaz de tomar todas as suas decisões e isso deve ser sempre respeitado.

Para o Dr. Maurício Ventura, Geriatra e Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo (SBGG-SP), ao desconsiderarmos as decisões e ações dos idosos, corremos o risco de praticar a discriminação etária. 

É o preconceito contra os mais velhos, contra o que são, como agem, como fazem as coisas. Acho que a forma de evitar isso é o respeito. Sua compreensão da vontade, desejos e habilidades que essa pessoa tem. E sabendo que ela pode realmente tomar uma decisão, diz ele.

Em alguns casos, problemas de memória, comprometimento cognitivo e problemas relacionados à demência podem fazer com que os idosos tenham atitudes inadequadas. Mas é preciso entender seu contexto de vida e respeitar seus desejos sempre que possível. 

Não repita, não tome nenhuma decisão sem conversar com a pessoa, acho que são atitudes importantes que a gente pode ter, diz o médico.

“Uma situação em que o paciente está evoluindo para algum comprometimento cognitivo, em que ele começa a ficar confuso, tomar atitudes inadequadas, é importante a gente ter jogo de cintura, evitar a confrontação, porque isso vai agredi-lo. Ele vai se sentir violado. “

Ele vai tender a responder de forma inadequada, como qualquer um de nós, né? O idoso é uma pessoa como qualquer um de nós, que tem as suas reações conforme é estimulado a isso”, explica.

Diante de reações exageradas, o mais indicado é tomar atitudes conciliatórias em vez de atitudes de confronto, tentando fazer com que a pessoa deixe de tomar determinada atitude inadequada, oferecendo ou facilitando que ela atinja o objetivo pretendido.

Muita atenção na Saúde Mental

A saúde mental pode ser severamente afetada durante esta fase da vida. Além dos problemas associados ao envelhecimento – como a perda de entes queridos – as pessoas mais velhas podem se sentir constrangidas dependendo dos cuidados de outras pessoas. 

Do Dr. Ventura é o aspecto mais importante a este respeito a observação. Observe possíveis mudanças no humor ou no comportamento do idoso: tornar-se mais apático, tornar-se mais desinteressado, mais agressivo, deixar de lado as coisas que gosta de fazer.

 Os sinais podem ser discretos e só quem está ali e convive diariamente pode percebê-los.

É importante estar atento para ver se a pessoa está falando corretamente quando está mantendo seus interesses, suas atividades diárias. 

Quando você começa a ter uma fala desconectada, desconectada, você começa a ter uma atitude mais apática, desinteressada, são sinais de que pode estar acontecendo alguma coisa e isso é um alerta para procurar ajuda médica, entender o que pode estar acontecendo. 

Pode ser um problema pequeno, mas de repente também pode ser algo muito grave, explica.

Além disso, coloque-se disponível para ouvir a pessoa, conversar com ela, dar atenção, saber suas histórias de vida. Essas memórias geralmente têm muito valor para ela e ter alguém com quem compartilhar é extremamente positivo. 

Também procure promover momentos agradáveis, como tocar músicas de seus artistas favoritos, cozinhar juntos uma receita de família ou assistir a um filme, por exemplo.

Faça intervalos de folgas semanais e cuide-se

Quando o cuidador é um profissional empregado, é um trabalho como outro qualquer, onde ele tem direito a folgas e descanso.

No entanto, a realidade do familiar que se torna cuidador pode ser bem diferente, pois muitas vezes ele tem que dedicar seu tempo integral ao cuidado do idoso. Isso pode criar o que é conhecido como estresse de cuidar.

Por exemplo, uma filha que deixa o emprego para cuidar do pai ou da mãe provavelmente lidará com frustrações decorrentes da falta de realização profissional e pessoal, incluindo o fato de seu parente ficar doente e precisar de cuidados e, em muitos casos, perder a qualidade de vida. 

É importante que os familiares cuidadores, que não sejam profissionais contratados, tenham tempo para si. Distrair-se, sair, passear, poder viajar, enfim, ter atitudes diferentes do que você tem em relação ao cuidado.

Se necessário, procure aconselhamento psicológico para si mesmo, participe de grupos de apoio e procure ajuda de amigos e familiares. 

Nos casos em que há comprometimento cognitivo, o idoso pode se comportar de maneira hostil, por isso também é importante saber administrar essas situações para não levá-las para o lado pessoal. Nesse sentido, a terapia pode ser uma grande aliada.

Máxima atenção com Idosos com dificuldade motora.

Para além de todo o cuidado do dia-a-dia, que normalmente inclui o planeamento da medicação, consultas e consultas pós-tratamento, bem como consultas de exames e vacinação, os cuidados a pessoas com mobilidade reduzida ou acamadas são ainda mais intensivos. Eles podem incluir tomar banho, vestir e alimentar a pessoa. 

Idosos com incontinência urinária, por exemplo, costumam ter que usar produtos especiais que evitam vazamentos e neutralizam o cheiro da urina: quem não tem dificuldade de locomoção pode optar por roupas íntimas descartáveis ​​ou absorventes para incontinência, enquanto quem está acamado usa as fraldas . 

No segundo caso, é a enfermeira quem troca a fralda. Alguns cuidados são necessários para evitar lesões na pele, como dermatites e úlceras de pressão.

É importante lembrar que algumas pessoas não gostam do uso de fraldas. É interessante analisar quais opções existem, dependendo do caso, para que haja um bom ajuste. 

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É muito importante que os cuidadores de idosos saibam cuidar tanto da saúde física quanto da saúde mental dos idosos. Saiba mais!

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